sábado, 7 de setembro de 2013

Capítulo 4 - Argus voltou!

Notas iniciais do capítulo

Hey girls, tudo bom? cara porque ñ comentam? vocês me deixam muito desanimada por ñ comentarem, por isso demoro pra postar, porque ñ tenho comentários, boa leitura e comentem por favor ♥3
"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso 
do que com a ponta da espada."
- William Shakespeare



Surpreendida, sempre sou surpreendida por sua presença, por mais que deseje vê-lo eu sempre sou surpreendida com sua chegada, fico arrepiada toda vez que o vejo, não é pra menos, tanto já sofri em sua mão que agora qualquer palavra que ele diz me faz tremer.
Argus possuía um sorriso sarcástico nos lábios, estava mais bonito que da última vez que o vi, seus cabelos grandes e negros repousando sobre os olhos, seus trajes pretos lhe dando um ar pesado, seus olhos negros e penetrantes, seu sorriso irônico e angustiante, ele simplesmente se movia em um sopro de ar, como se não andasse e sim flutuasse, nunca me importei com a enorme beleza de Argus, exceto no dia em que o conheci, no caso o dia em que ele me transformou.
Estava muito decepcionada quando conheci Argus, meus pais haviam acabado de falecer em um acidente de trem, me sentia deprimida e sozinha, Argus me acolheu, me deu carinho e fez com que eu me sentisse melhor, seus braços me aqueciam em uma noite escura e fria, seus doces lábios me consolavam quando nada mais no mundo fazia sentido para mim, mas seu amor tinha um preço, seus carinhos tinham um preço, tudo o que ele queria era me tornar igual a ele, "para que pudéssemos viver a eternidade juntos", era o que ele me dizia, "irei te amar eternamente querida", suas palavras me faziam acreditar no seu amor por mim.
Em uma assustadora sessão de cinema ao ar livre acabei permitindo essa eternidade, ele furou meu pulso com um cubo de metal, no interior desse cubo havia uma espécie de veneno, o veneno penetrou em minhas veias congelando cada milímetro de sangue que nelas possuía, foi nesse dia que a ele jurei amor eterno, nesse amaldiçoado dia eu vendi minha alma ao crápula sem coração que hoje me atormenta.
– relembrando da nossa história, querida? –sua voz me arrepiava.
– saia da minha mente Argus –ordenei ríspida.
– não posso, é meu dever saber o que você pensa ao meu respeito –ele sorriu novamente- vim te ver, sentiu minha falta?
– senti muito a sua falta –ele sabe que é mentira, mas prefere escutar isso toda vez que me encontra.
– boa menina, está linda sabia? o que anda fazendo? –ele pegou em minha mão me fazendo girar, senti seu olhar de desejo em meu corpo.
– o mesmo de sempre, apenas estou me exercitando mais que o normal –me controlo para não sair de perto dele.
– Porque não me mostra tudo o que aprendeu enquanto estive fora em amor? –se refere a sexo, é tudo o que ele quer ao meu respeito- sei que praticou bastante desde o nosso último encontro –ele fechou a porta e trancou a mesma- quero saber tudo o que aprendeu.
– não Argus, não pratiquei nada desde a última vez que nos vimos, você sabe bem disso.
– ah querida, não sabe o quanto me deixa feliz em saber que você é inteiramente minha e que ninguém mais teve o prazer de te tocar –falou distribuindo beijos em meu pescoço.
– ninguém –sussurrei escondendo minha repulsa pelo seu toque.
Por mais que eu o odiasse eu não posso negar que ele sabe ser desejado, séculos de aprendizado, ele tinha que saber como deixar uma mulher entregue aos seus encantos, seus toques calorosos, seus beijos intensos, seu corpo chamava o meu de uma forma inadequadamente assustadora.
Aos poucos já estávamos na cama, suas mãos arrancando cada peça da minha roupa, seus lábios molhando cada centímetro do meu corpo, já não havia mais nada que nos atrapalhasse, exceto a voz masculina vinda do outro lado da porta.
– Charlie? Está ocupada? –Peter me chamava e batia na porta.
– diga que sim –Argus ordenava baixinho enquanto mordiscava minha orelha.
– eu... –gaguejei ao sentir seu membro me penetrar de uma forma brusca e tentadora.
– diga que sim –Argus ordenou agora mais firme.
– si-sim, estou –gaguejei perdendo o fôlego devido as suas estocadas fortes e precisas.
– quando estiver livre venha até o quintal –gritou para que eu pudesse ouvir.
– está b-bem –delirando, nem bem sabia a quem estava responde quando disse isso.
Gemidos eram abafados por beijos, Argus sabia o que fazer e como fazer, em minutos já não havia mais forças para nada, então ele se despediu com mais um caloroso beijo.
– volto em breve –disse me cobrindo com o fino lençol da cama.
– espere –supliquei segurando em sua mão.
– diga querida.
– o que tenho que fazer pra conseguir minha liberdade, por favor, Argus, já na aguento mais essa vida, por favor –implorei, só faltava me ajoelhar aos seus pés.
– se apaixone, me mostre que realmente ama alguém, quero uma prova de que seu coração não é de gelo –sua boca se colou a minha em um selinho demorado, então ele desapareceu pela janela.
Não sei o que fazer depois de uma hora igual a esta, nunca sei o que fazer depois que Argus vai embora, é como se um vazio impreenchível se apossasse de mim após sua partida.
Me levantei com certa dificuldade e caminhei ainda enrolada no fino lençol até o banheiro do quarto, depois de um longo e relaxante banho frio eu me envolvi em uma fofinha toalha branca.
Já vestida e pronta para dar atenção ao Peter me direcionei ao quintal da casa, chegando lá os encontrei tomando banho na grande piscina da casa.
– demorou, está tudo bem? –perguntou Peter saindo da piscina passando a mão pelos cabelos molhados, uma cena linda de se admirar.
– está sim, estava arrumando minhas coisas, acabei me atrapalhando –mentir é quase tudo o que sei fazer de melhor.
– vamos tomar banho, vem Charlie, a água está ótima –falou AJ de dentro da piscina.
– tenho que preparar o almoço, divirtam-se, mais tarde eu entro.
– Tudo bem então –Peter assentiu sorrindo e foi de encontro ao AJ.
Entrei novamente na casa e fui em direção à cozinha. Uma hora foi o bastante para que conseguisse preparar uma refeição a altura do paladar de Apolo, já que ele cozinha tão bem eu me vejo no direito de me esforçar ao máximo para conseguir, talvez, me comparar a ele.
Servindo a mesa tinha uma lasanha ao molho branco, acompanhada de arroz branco e de sobremesa um delicioso pudim de leite, sempre adorei cozinhar, é algo que me relaxa.
Os garotos sorriram ao ver a refeição, ambos disseram que adoram lasanha e pudim, acertei em cheio na minha escolha.
Satisfeitos e felizes, tudo o que eu queria ver, decidimos então passar algumas horas na piscina, nos divertindo um pouco mais.
Subi até meu quarto e troquei de roupa, desci e encontrei os dois já dentro da piscina, brincando de guerra de água, típico de uma hora como essa.
Vi o olhar dos dois ao me verem tirar o vestido que cobria meu biquíni, me senti envergonhada por tamanha atenção que ambos me direcionaram, tratei de entrar logo na piscina antes que ficasse vermelha.
Uma tarde ensolarada, divertida, há quanto tempo não me divertia assim? Há muito tempo, na verdade, desde que conheci Argus eu nunca me diverti assim, esses dois rapazes estão me proporcionando uma alegria indescritível, talvez eu esteja realmente gostando de ficar aqui com eles, ou talvez seja apenas minha imaginação, pois já não posso gostar de nada a 240 anos.
Deitada na cadeira, aproveitando os últimos raios de sol, pensando em tudo o que aconteceu ultimamente, a frase de Argus me vem à cabeça toda hora, não entendi o porquê do “se apaixone” ou do “me mostre que seu coração não é de gelo”, ele sabe muito bem que não posso me apaixonar, sabe que não possuo esse sentimento há bastante tempo, então porque me propor uma tarefa impossível?
Talvez porque não seja impossível, se ele disse isso é porque posso sim me apaixonar, mas como? Por quem? Como vou saber quando acontecer? O único por quem me apaixonei perdidamente foi por ele, antes de saber o que ele era e no que ele me transformou.
Perguntas rodeavam minha cabeça, estava totalmente ausente desse mundo em que os garotos estavam se divertindo na piscina, provavelmente estavam imaginando que eu havia adormecido ali na cadeira.
Rapidamente me veio uma frase na cabeça, William Shakespeare, o inglês de palavreado único uma vez citou: “O amor não se vê com os olhos mas com o coração.”.
É isso que preciso fazer, enxergar com o coração, parar de procurar com os olhos aquele que só quem vê é meu coração, pelo o que Argus disse, eu possuo um coração e ele não é de gelo.
Minha mente voltou ao assunto Deuses, fiquei a imaginar o Apolo, o Deus da beleza, ele tivera vários filhos com várias ninfas diferentes, ele algum dia já soube o que era amor? Alguma vez ele já chegou a se perguntar se realmente amava alguém? Ou simplesmente usava as mulheres para satisfazer seu desejo?
Eros, considerado cupido, aquele que fazia as pessoas se apaixonarem com uma simples flechada, já acertou alguma dessas flechas em Apolo? Ou como revanche não deixou-o desfrutar do amor por que Apolo costumava se gabar que atirava flechas melhor que ele?
Perguntas absurdas me vinha a mente, que diferença faria se Apolo se apaixonou ou não? Que diferença faria saber se um “Deus” teria o privilégio de amar alguém se você mesma não tem? Ou será que tem?
A única coisa que realmente importa é que agora eu sei que tenho um coração e que posso me apaixonar e finalmente me ver livre dessa tortura que Argus chama de vida.
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Notas finais do capítulo

Bom, está ai, pequeno e chato, mais demorado pra fazer kkk comentem por favor, se ñ quiserem comentar aqui vão no Nyah da fic (http://fanfiction.com.br/historia/395383/My_Immortal) e comentem lá ok?
bjoss gente, obrigada por ler minha fic ♥

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