quarta-feira, 31 de julho de 2013

Cap. 1 - Um Mundo Além de Da Vinci


"Quando eu pensar que aprendi a viver, 
terei aprendido a morrer."
- Leonardo da Vinci



Em um mundo só meu, digamos que o certo a se fazer quando se sente acabada, destruída e inválida é se matar.
Já tentei, obvio que não funcionou, perdi as costas de quantas vezes já tentei tal ato, mas sempre acabo na mesma, viva e sem nenhuma cicatriz da minha auto-mutilação.
Andando pelas ruas da França, tão belas paisagens que reverencio a quase 1 ano, mas nunca me canso de andar, apreciar e admirar tais obras-primas do homem e de Deus.
Sim, ainda acredito em Deus, apesar de tudo o que vivi e o que vivo eu ainda acredito que acima de todos existe um só no comando.
Minhas palavras são nada diante tudo o que conheço, França é um lugar misterioso, único, palco de grandes artistas, Leonardo di Sier Piero da Vinci, ou Leonardo da Vinci, um dos quais adoro, é um Italiano, quero dizer, Era um Italiano, mas suas obras, tumulo e tudo o mais está localizado no interior da França.
Sou apaixonada pelas obras dele, são autênticas, todas de uma genialidade irrevogável, queria muito ter conhecido ele, mas nessa época eu ainda não tinha nem nascido, não é pra menos, tenho 240 anos não 300.
Sempre que possível eu vou até a tumba de Da Vinci, fico dias por lá, apreciando suas artes, contemplando seus interesses, minha obra preferida tinha que ser Monaliza, é uma pintura espetacular, tão feminina e ao mesmo tempo masculina, eu daria tudo para pergunta-lo quem e o quê o inspirou para fazer essa tão perfeita obra de arte.
Meus passeios pela França hoje são tomados por angústia, minha vontade de rever Argus e pedi-lo um último suspiro é incontrolável, hoje é somente mais um daqueles dias em que eu acordo pedindo para que não tenha feito isso.
Minha vida se tornou lamentável, tenebrosa, nem chances de sorrir eu tenho mais, os homens não me interessam, as flores não me agradam, as pessoas eu desprezo e tudo ao meu redor me dá náuseas.
Mas Argus só vem ao meu encontro quando quer, pra ele eu sou apenas mais uma de suas bonequinha de tortura, de tantas pelo mundo ele só vem a mim quando quer uma entre duas coisas, Diversão ou Prazer.
Digamos que não sou a pessoa mais divertida do mundo, mas quando quero e me sinto disposta eu sei fazer alguém feliz, no caso de Argus é só ele aparecer que eu sou obrigada a me sentir disposta pra tal tarefa;
Vocês devem estar se perguntando, Quem é Argus?
Eu respondo a vocês, Argus foi e é o monstro que me transformou nessa aberração que sou hoje, por aberração não quero dizer que sou feia, pelo contrário os homens de Paris e do resto do mundo, do qual já visitei, me acham bem atraente.
Argus me transformou em uma imortal, coisa da qual venho tentando me livrar a algum tempo, mas ele é difícil, diz que só vai me deixar viver o resto de minha vida quando eu realmente tiver um motivo.
Argus me transformou quando eu tinha apenas 18 anos, então eu estou com essa aparência até hoje, se um dia Argus achar que está na hora de me deixar viver, então eu vou retomar dos meus 18 anos, claro que ele vai me des-transformar e então vou poder envelhecer com o tempo e saber como é bom ter rugas de experiência, como dizem alguns idosos com quem converso pela manhã no parque central.
Pra mim as ruas da França são únicas, de todos lugares que já morei França é minha preferida, além de ter o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, a Torre de Pizza, o Arco do Triunfo, Os magníficos castelos, O tumulo de Da Vinci e entre outros pontos turísticos conhecidos no mundo inteiro, França me passa um ar romântico, sonhador, apaixonado, como se dizem Paris é a cidade do amor, mas quem não acredita muito em amor nomeia Paris como A Cidade Luz.
Infelizmente essa é minha última volta por Paris, estou me despedindo dessa iluminada cidade, já estou tempo de mais aqui em Paris, tempo o suficiente para as pessoas suspeitarem que não envelheço, então vou partir a procura de Argus, quero minha alforria, quero ser livre e viver o que me foi arrancado, quero um chance de experimentar as sensações boas de estar apaixonado, de sorrir, apenas de sentir alguma coisa.
Faz 240 anos que não sinto o aroma de um perfume, ou o gosto de uma comida, faz exatos 240 anos que não tenho paladar, olfato, tato e nem qualquer outro sentido que um mortal possui.
Ser imortal, qual a graça de ser imortal se você não pode sentir, tocar, cheirar ou até mesmo amar algo?
Tocar eu posso, mas não sinto, assim como não sinto o cheiro de algo mesmo que seja empurrado nariz adentro.
Meu próximo destino é Ibiza, um lugar lindo, praiano, ensolarado a maior parte do ano e um lugar que digamos assim, onde pessoas se divertem.
Lá eu tenho uma possibilidade de encontrar Argus, já ouvi falar que a maioria do seu tempo ele desperdiça lá, com garotas, jogos, bebidas e tudo mais, não me importo, afinal, a única coisa que quero dele é a minha liberdade.
Meus últimos momentos em Paris, como me despedir? Nem ao menos tenho certeza se algum dia voltarei pra cá, um lugar mágico do qual jamais me esquecerei.

Notas finais do capítulo

Bom meninas, acho que estou indo bem, o que acham?
Me critiquem, criticas pra mim são algo construtivo, me ajudem a melhorar, e digam o que pensam, quero a opnião de vocês, eu particularmente não achei que ficou tão mal e olha que eu não gosto das coisas que escrevo u.u
Bom não sei se sitei o nome da personagem mais é Charlotte Drummond, ou Charlie, ok??
Beijos lindas e lindos, espero que gostem =)

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