segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Capítulo 6 - Se apaixonar? Jamais!


"Nós sabemos o que somos, mas não o que podemos ser..."
- William Shakespeare
 

Peter se mostrava um cara doce e apaixonante a cada palavra que saia de sua boca, Charlie já não conseguia mais se controlar diante do belo australiano, era como se uma corrente elétrica mantivesse os dois juntos.
Apolo e Alexa já sumiram de vista, os dois estavam apressados para chegar em casa, deixaram a praia deserta para que Peter e Charlie aproveitassem ao máximo.
Os dois caminhavam lentamente próximos a água, bem onde as ondas se quebravam e molhavam seus pés.
Peter em um momento rápido pegou Charlie em seus braços e correu pra água, Charlie grita ao sentir a água fria tocar seu corpo, mas é um grito de felicidade por estar dividindo um momento tão bom com alguém como Pete.

- você é muito boba -brincou Peter após jogar água nela.
– eu boba? você que é louco -revidou Charlie.
– não sou louco, alias, só um pouco, afinal, o mundo é dos loucos.
– tá certo, o mundo é dos loucos que vivem intensamente cada minuto, que não deixam nada nem ninguém passar despercebidos -acrescentou a sua frase.
– boa, então, vamos viver intensamente, amor -falou e então abraçou Charlie.

Novamente Peter pegou Charlie no colo, dessa vez ele a beijou, como disse ele, intensamente.
Ambos ficaram se divertindo na água, tão distraídos que nem ao menos notaram a presença de uma pessoa há mais os vigiando, Argus era perspicaz, sabia o que fazia, ele observava a tudo muito atento buscando uma única oportunidade para dar fim a inoportuna felicidade de Charlotte Drummond.

****

Juro que estava me sentindo a mais feliz de todo o mundo, Peter me proporciona um sentimento indescritível, ele me deixa extremamente feliz e me faz querer gritar o quanto é bom ficar ao lado dele.
Como se num passe de mágica eu senti a água que tocou minha pele, estava gélida e me fez gritar, não por estar fria demais, mas por finalmente estar sentindo-a depois de tantos anos, é algo indescritível, poder sentir o que estou tocando, poder tocar algo depois de muitos anos nunca foi tão gratificante pra mim.
Brincar com o Pete é muito divertido, ele por si só é divertido, mas interrompi aquele momento perfeito ao notar uma silhueta na escuridão da areia, fui pra perto do Peter para lhe avisar que havia alguém ali.

- Pete, tem alguém ali -sussurrei segurando em seu braço.
– O quê? Alguém? Aonde? -perguntou procurando.
– ali na areia, tem alguém nos olhando.
– é verdade, vem, vamos embora.

Ele pegou em minha mão e então saímos da água, continuamos andando pela beira da praia, quanto menos nos aproximarmos do estranho melhor.
Mas para nossa surpresa o cara nos seguiu e continuou nos seguindo por um longo tempo, aquela situação estava me deixando realmente preocupada, não por mim mas por Peter, eu posso sumir daqui em segundos mais ele não, se por acaso eu fizer algo do tipo ele vai acabar sabendo o que sou e eu não quero que ele saiba, não agora.
Quando menos esperávamos o cara havia sumido, desaparecido sem nem deixar rastro, Pete respirou aliviado como se tivesse retirado um peso enorme de cima dele, confesso que eu senti a mesma coisa.
Mas ao voltarmos a olhar pra frente o estranho estava lá, não era bem um estranho, ele tinha aquele sorriso sarcástico nos lábios, aqueles cabelos negros inconfundíveis, apesar de estar escuro eu reconheci ele, reconheceria em qualquer lugar.

- Argus? O que faz aqui? -perguntei deixando aparentar o quanto fico insegura com sua presença.
– vim te visitar amor, sentiu minha falta? -sua voz esbanjava sarcasmo.
– amor? você conhece ele Charlie? Porque ele te chamou de amor? -perguntou Peter confuso.
– ele é um amigo, um velho amigo -dei ênfase ao 'velho'.
– não tão velho assim, querida -falou com o mesmo tom enjoativo.
– o que você quer? -perguntou Peter alterando a voz.
– venha comigo Charlie, precisamos conversar.
– não, não precisamos, amanhã a gente se fala, por favor Argus.
– precisamos conversar, AGORA, me entendeu? amor? -insistiu em me chamar de amor pois percebeu o quanto Peter se incomodava com isso.
– ela não é seu amor -rosnou Peter.
– também não é o seu, então fica quieto e me deixa conversar com ela -Argus falou calmamente, dando a perceber que um confronto com Pete seria como matar um mosquito.
– parem, por favor, Argus, seja rápido, por favor -falei soltando a mão de Pete e indo pra perto de Argus.
– não, o que tiver que falar a ela eu também posso ouvir -falou me segurando, impedindo o aproximamento entre Argus e eu.
– tem certeza disso? Acho que não em Charlie -afirmou Argus.
– sério Pete, é um segundo só, vou ficar bem -o assegurei e encostei nossos lábios por um breve segundo até sentir a mão gélida de Argus tocar meu braço e me afastar de Peter.
– ei, calma ai cara, vai machucar ela -esbravejou Peter.
– não se meta, idiota.
– vou te mostrar o idiota -Pete partiu pra cima de Argus e então eu o segurei.
– não faça isso, por favor, me espere aqui ok?

Pete assentiu um pouco contrariado e então acompanhei Argus antes que a situação ficasse mais crítica do que já estava, Pete se sentou na areia e ficou olhando o mar, dando repetidas olhadas para onde nós dois estávamos.
Quando estávamos longe o bastante de Peter, Argus segurou mais forte em meu braço me puxando e colando nossos corpos.

- o que quer Argus? Porquê justo agora? -perguntei com a voz trêmula.
– porquê eu percebi o quanto esse rapaz te importa, não vou deixar ele te tirar de mim, esta será a última coisa que ele fará.
– mas você disse... você disse que...
– eu sei o que eu disse, mas não pensei que você levaria a sério e realmente se apaixonaria, ele não Charlie, nem ele e nem ninguém, você é minha e eu costumo zelar pelos meus pertences, principalmente tão especiais como você -falou me prendendo mais ao seu corpo.

Notas finais do capítulo

Hey girls, tudo bom?? Espero que sim.
Comentem por favor, não esqueçam de visitar o Nyah da fanfic:
http://fanfiction.com.br/historia/395383/My_Immortal/capitulo/6/ 
beijos gente, comentem por favor ♥

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