quinta-feira, 19 de setembro de 2013

Capítulo 5 - Medo de Perder !


Notas iniciais do capítulo

Bom meninas, nenhum comentário, caramba, por favor comente, eu gostaria muito se recebesse ao menos um comentário, por favor vai u.u
Boa leitura ! ♥

"Cada sonho que você deixa para trás, é um futuro que deixa de existir."
- Steve Jobs





Já faz quase 3 semanas que estou aqui com os meninos e cada dia tem sido melhor que o outro.
Os rapazes são extremamente gentis e super amigáveis, Apolo, continua um perfeito Deus Grego, só que ainda não vi nenhum vestígio de sobrenaturalidade nele e Peter, bom, Pete continua um sonho, o australiano é simplesmente perfeito, educado, sincero, alegre e, digamos, um sonho.
Como quase todos os dias hoje eu fiquei em casa preparando o almoço enquanto os meninos foram surfar, chegaram bem na hora.
Depois de almoçarmos eles começaram a contar piadas e rirem, fiquei atenta a tudo rindo e curtindo aquele momento com eles.
– então, hoje a noite vai ter um luau aqui perto, vamos Charlie? -perguntou Peter.
– claro, acho uma boa ideia, vou sim.
– ótimo, precisa se distrair um pouco, está muito tensa ultimamente -Aj se manifestou.
– alguns problemas, nada demais, vou adorar ir com vocês a essa festa.
O dia se passou rápido, tão rápido quanto o esperado, quando percebi os meninos já estavam cada qual em seu quarto se arrumando, fui para o meu e comecei a me arrumar também.
Depois de um longo banho fui até meu guarda roupa e procurei algo simples, é um luau não precisa ser nada extravagante, vesti meu biquíni preferido, por cima uma blusinha com a barriga a mostra e um short curto nas cores da bandeira da Inglaterra, uma rasteirinha de tiras para finalizar.
Deixei meu cabelo solto e desci, encontrei os rapazes na sala me esperando.
– preciso dizer que está linda? -perguntou Peter se aproximando.
– que nada, estou normal, mas obrigada mesmo assim -dei um beijo em sua bochecha que corou na mesma hora.
– então, vamos? Já são 8 horas, já deve estar começando -AJ se apressou.
Peter me puxou pela mão e seguimos AJ, fomos andando lentamente pela praia, conversávamos e ríamos a cada passo, é tão agradável estar com eles.
A medida que nos aproximávamos já se podia ouvir a música alta, já podíamos ver casais na pista de dança, pessoas bebendo, surfistas na água fazendo o de sempre, surfando, me surpreende que AJ e Peter não trouxeram as pranchas.
Nem bem nos juntamos ao pessoal e Pete já me puxou pra pista de dança, tocava uma música agitada, deixei que meu corpo se movesse junto com a música, estava gostando da proximidade que havia entre Pete e eu, suas mãos tocando minha cintura e me puxando, colando nossos corpos, ele me fazia dançar lentamente sendo que a música não era lenta e sim muito agitada, mas eu me permiti por alguns instantes ficar junto a ele.
Não demorou muito pra começar a tocar uma música lenta, perfeita para os nossos movimentos, Home - Michael Bublé, uma música não tão antiga mas muito boa, com certeza ficará pra sempre na minha memória.
Era algo realmente mágico o jeito que seus olhos mergulhavam nos meus, seu sorriso irresistível estampando seus lábios rosados, algo nele me deixava intrigada, era algo estranho, diferente de tudo o que eu conhecia.
Sem perceber acabei encostando minha testa na dele, fazendo assim com que sua mão fosse ao meu pescoço e pela primeira vez senti seus lábios tocarem os meus, jamais imaginei que me sentiria assim outra vez, como uma adolescente dançando com seu primeiro namorado no baile da escola, ele faz com que eu me sinta assim, uma adolescente apaixonada.
O beijo se encerrou e eu o encarei ainda confusa.
– o que aconteceu? -ele riu da minha pergunta.
– nos beijamos, não gostou? -perguntou sério esperando minha resposta.
– sim, muito -afirmei sorrindo.

Novamente seu corpo guiou o meu, continuamos a dançar ainda ao som de Bublé, repousei minha cabeça em seu ombro e fechei meus olhos curtindo cada segundo em seus braços.
Tudo estava tão perfeito, nem ao menos parecia que era comigo que estava acontecendo, apenas agradeci a Deus por estar permitindo que eu pudesse estar sentido isso, seja lá o que for, e que Pete fosse quem me fizesse sentir tal coisa.
A música infelizmente chegou ao fim, fazendo assim com que Pete e eu acordássemos pra realidade, ambos não estávamos afim de dançar algo agitado então voltamos pra perto de AJ que agora estava na companhia de uma bela garota, ela era loira, pele bronzeada, cabelos longos e cacheados, olhos castanhos cor-de-mel, linda.

- Alexa, bom te ver -disse Pete se aproximando para abraça-la.
– bom te ver também Peter -disse retribuindo o abraço.
– Alexa, essa é a Charlie, nossa amiga -Aj nos apresentou.
– prazer em conhecê-la Alexa -estendi a mão pra ela.
– o prazer é todo meu Charlie -disse apertando minha mão.

Depois das apresentações ficamos ali mesmo conversando e bebendo, até tarde foi a festa, pela madrugada, lá pelas 3 da manhã, as pessoas já haviam ido pra casa ficando somente Peter, Aj, Alexa e eu na praia.
Ambos os três, alterados devido a bebida alcoólica, sentados na areia olhando as ondas se quebrarem ao chegar na areia.
Aj e Alexa já estavam deitados na areia conversando sobre as estrelas que brilhavam no céu, eu estava apenas admirando o mar tão escuro devido a falta de iluminação, Pete de vez em quanto olhava pra mim, seu braço estava em volta da minha cintura e algumas vezes ele me pressionava mais forte contra seu corpo me fazendo olha-lo.

- sabe que demorei muito pra criar coragem! -ele olhava nos meus olhos.
– coragem pra quê? -perguntei curiosa.
– coragem para te beijar, você sabe o quanto é torturante te ver todos os dias tão próxima a mim mas sem poder te tocar?
– não, eu não sabia, até agora -afirmei sorrindo.
– pois é, agora eu posso me aproximar de você e te beijar a qualquer hora, como eu queria, como eu quero agora -sorri ao sentir seus doces lábios tocarem os meus pela vigésima vez nesta noite.
– faça isso sempre que tiver vontade, vou adorar -respondi sorrindo ao finalizar o beijo.

A madrugada se seguiu ali, nós quatro admirando o sol nascer, nunca vi algo tão fascinante igual a isso, é simplesmente espetacular, perfeito.

****

Final de tarde no Brasil, enquanto Charlie aproveita a madrugada na Califórnia com Peter, Argus, por sua vez, assiste o pôr-do-sol de um dos braços do Cristo Redentor.
Argus pela primeira vez em tantos séculos parou para admirar a bela paisagem que se despedia dele, dando boas-vindas a linda lua cheia que iluminava o local em que Argus estava sentado.
Com o equilíbrio de uma garça, Argus andava de um lado para o outro, trilhando o braço esquerdo de Jesus, era magnífico a graciosidade com que ele andava, nem ao menos olhava para onde pisava, apenas admirava a Lua subindo cada vez mais para se posicionar no centro do céu escuro.
Do nada, a mente de Argus fora tomada por imagens, cenas das quais o preocupava, ele via Charlie junto com Peter, os dois admirando a praia, os dois rindo, conversando e então os dois se beijando, nesse momento Argus perdeu todo o equilíbrio do qual lhe segurava no topo da mão esquerda do Cristo.
Após despencar de uma altura mortal, Argus fechou os olhos, a imagem de Charlie beijando outro lhe machucava, ele não sabia bem o porque, mais lhe machucava.
Como um golpe de ar Argus caiu, em pé, como se tivesse saltado de um muro com no máximo 2 metros de altura.
Ele olhou em volta, a escuridão tomava conta, o Cristo iluminado apenas por poucas lampadas localizadas aos pés dele, Argus nem bem sabia o porque de Charlie e Peter vir toda hora a sua mente, mas isso lhe preocupava, será se ele está perdendo de vez Charlie? Será se está chegando a hora de deixa-la seguir em frente? Ele alguma vez já deixou algum de seus seguidores viver o resto de suas vidas? Não, essa é a resposta, Argus procurava em sua mente ao menos um de seus seguidores que já viveu o resto que lhe foi concedido, mas nenhum, dentre tantos séculos de treinamento ele jamais permitiu que algum deles voltasse a ser um mortal, porque com Charlie seria diferente?
Porque Charlie é diferente, quase 3 séculos que ela havia vivido com Argus, os dois sempre tiveram uma ligação muito forte, Argus não procurava qualquer garota para distraí-lo, ele só procurava uma, Charlotte, somente ela conseguia esvaziar a mente de Argus, ela foi a única que nunca o julgou, ou abandonou.
Charlie, a única que não importa o que lhe esteja acontecendo recebe Argus de braços abertos, algumas discussões tomam o ambiente em que os dois estão, mas ela jamais vira as costas para ele, talvez por medo, ou por respeito, Argus não sabe ao certo, mas lhe admira a coragem que Charlie tem.
Argus distraidamente caminhava, ele não sabia aonde ia, talvez visitar novamente Charlie, talvez até mostra-la que Peter não é o certo para ela, que a hora dela ainda não chegou, talvez o destino dela seja ficar com Argus, por toda eternidade, assim como foi prometido no dia em que os dois foram destinados a ficar juntos, mas Argus não deu importância a esse juramento, deixou que Charlie partisse pelo mundo, permitiu que o amor entre os dois se esvaísse, agora seria injusto pedi-la para voltar, seria injusto jurar-lhe amor eterno novamente só para que ela não o deixe.
Talvez se ele conversasse com ela, talvez se levasse ela pra sair, quem sabe assim ela perceba que ele não mudou, que continua a ser o mesmo cara que ela conheceu a 240 anos atrás, meio impossível, ela nunca vai acreditar e ele nunca voltará a ser aquele cara.
As cenas continuaram a passar na mente de Argus como se ele assistisse um filme, um filme lhe avisando que ele perderá a garota, ele perderá a menina da sua vida, a linda princesa triste que ele conheceu em um concerto de Mozart.
Ela já não está mais tão triste, no filme que se passa em sua cabeça ele vê a garota sorrindo, abraçada a um cara estranho, um cara que não é ele, um cara que pode lhe roubar a menina dos olhos.
Charlie está caminhando pela praia, abraçada ao cara que é chamado por ela de "australiano", os dois conversam entusiasmadamente, não se desgrudam, ele para e então acaricia o rosto dela, mexe a boca em sinal de que está falando algo e ai a beija, novamente Argus não aguenta e implora para que essas imagens sejam retiradas de sua mente, dói tanto que ele chega a ficar cego de raiva, a ligação entre ele e Charlotte permite com que Argus veja cada passo de Charlie quando bem quiser, mas nesse momento algo está fora de controle, ele não consegue parar de vê-la e isso está lhe machucando cada vez mais, ele nunca pensou que poderia sentir algo como isso, algo como ciúmes.
Seus passos foram cada vez mais rápidos, em questão de segundos Argus já estava andando pelas praias da Califórnia, perto de onde Charlie está com Peter.
****

Notas finais do capítulo

Então, mais um capítulo, espero que tenham gostado e não esqueçam, comentem por favor u.u
Adoro vocês e obrigada por ler ♥
Não se esqueçam do blog, se quiserem podem comentar lá ao vez de comentar aqui =))
www.fanfictiom.com.br/historia/395383/My_Immortal

sábado, 7 de setembro de 2013

Capítulo 4 - Argus voltou!

Notas iniciais do capítulo

Hey girls, tudo bom? cara porque ñ comentam? vocês me deixam muito desanimada por ñ comentarem, por isso demoro pra postar, porque ñ tenho comentários, boa leitura e comentem por favor ♥3
"É mais fácil obter o que se deseja com um sorriso 
do que com a ponta da espada."
- William Shakespeare



Surpreendida, sempre sou surpreendida por sua presença, por mais que deseje vê-lo eu sempre sou surpreendida com sua chegada, fico arrepiada toda vez que o vejo, não é pra menos, tanto já sofri em sua mão que agora qualquer palavra que ele diz me faz tremer.
Argus possuía um sorriso sarcástico nos lábios, estava mais bonito que da última vez que o vi, seus cabelos grandes e negros repousando sobre os olhos, seus trajes pretos lhe dando um ar pesado, seus olhos negros e penetrantes, seu sorriso irônico e angustiante, ele simplesmente se movia em um sopro de ar, como se não andasse e sim flutuasse, nunca me importei com a enorme beleza de Argus, exceto no dia em que o conheci, no caso o dia em que ele me transformou.
Estava muito decepcionada quando conheci Argus, meus pais haviam acabado de falecer em um acidente de trem, me sentia deprimida e sozinha, Argus me acolheu, me deu carinho e fez com que eu me sentisse melhor, seus braços me aqueciam em uma noite escura e fria, seus doces lábios me consolavam quando nada mais no mundo fazia sentido para mim, mas seu amor tinha um preço, seus carinhos tinham um preço, tudo o que ele queria era me tornar igual a ele, "para que pudéssemos viver a eternidade juntos", era o que ele me dizia, "irei te amar eternamente querida", suas palavras me faziam acreditar no seu amor por mim.
Em uma assustadora sessão de cinema ao ar livre acabei permitindo essa eternidade, ele furou meu pulso com um cubo de metal, no interior desse cubo havia uma espécie de veneno, o veneno penetrou em minhas veias congelando cada milímetro de sangue que nelas possuía, foi nesse dia que a ele jurei amor eterno, nesse amaldiçoado dia eu vendi minha alma ao crápula sem coração que hoje me atormenta.
– relembrando da nossa história, querida? –sua voz me arrepiava.
– saia da minha mente Argus –ordenei ríspida.
– não posso, é meu dever saber o que você pensa ao meu respeito –ele sorriu novamente- vim te ver, sentiu minha falta?
– senti muito a sua falta –ele sabe que é mentira, mas prefere escutar isso toda vez que me encontra.
– boa menina, está linda sabia? o que anda fazendo? –ele pegou em minha mão me fazendo girar, senti seu olhar de desejo em meu corpo.
– o mesmo de sempre, apenas estou me exercitando mais que o normal –me controlo para não sair de perto dele.
– Porque não me mostra tudo o que aprendeu enquanto estive fora em amor? –se refere a sexo, é tudo o que ele quer ao meu respeito- sei que praticou bastante desde o nosso último encontro –ele fechou a porta e trancou a mesma- quero saber tudo o que aprendeu.
– não Argus, não pratiquei nada desde a última vez que nos vimos, você sabe bem disso.
– ah querida, não sabe o quanto me deixa feliz em saber que você é inteiramente minha e que ninguém mais teve o prazer de te tocar –falou distribuindo beijos em meu pescoço.
– ninguém –sussurrei escondendo minha repulsa pelo seu toque.
Por mais que eu o odiasse eu não posso negar que ele sabe ser desejado, séculos de aprendizado, ele tinha que saber como deixar uma mulher entregue aos seus encantos, seus toques calorosos, seus beijos intensos, seu corpo chamava o meu de uma forma inadequadamente assustadora.
Aos poucos já estávamos na cama, suas mãos arrancando cada peça da minha roupa, seus lábios molhando cada centímetro do meu corpo, já não havia mais nada que nos atrapalhasse, exceto a voz masculina vinda do outro lado da porta.
– Charlie? Está ocupada? –Peter me chamava e batia na porta.
– diga que sim –Argus ordenava baixinho enquanto mordiscava minha orelha.
– eu... –gaguejei ao sentir seu membro me penetrar de uma forma brusca e tentadora.
– diga que sim –Argus ordenou agora mais firme.
– si-sim, estou –gaguejei perdendo o fôlego devido as suas estocadas fortes e precisas.
– quando estiver livre venha até o quintal –gritou para que eu pudesse ouvir.
– está b-bem –delirando, nem bem sabia a quem estava responde quando disse isso.
Gemidos eram abafados por beijos, Argus sabia o que fazer e como fazer, em minutos já não havia mais forças para nada, então ele se despediu com mais um caloroso beijo.
– volto em breve –disse me cobrindo com o fino lençol da cama.
– espere –supliquei segurando em sua mão.
– diga querida.
– o que tenho que fazer pra conseguir minha liberdade, por favor, Argus, já na aguento mais essa vida, por favor –implorei, só faltava me ajoelhar aos seus pés.
– se apaixone, me mostre que realmente ama alguém, quero uma prova de que seu coração não é de gelo –sua boca se colou a minha em um selinho demorado, então ele desapareceu pela janela.
Não sei o que fazer depois de uma hora igual a esta, nunca sei o que fazer depois que Argus vai embora, é como se um vazio impreenchível se apossasse de mim após sua partida.
Me levantei com certa dificuldade e caminhei ainda enrolada no fino lençol até o banheiro do quarto, depois de um longo e relaxante banho frio eu me envolvi em uma fofinha toalha branca.
Já vestida e pronta para dar atenção ao Peter me direcionei ao quintal da casa, chegando lá os encontrei tomando banho na grande piscina da casa.
– demorou, está tudo bem? –perguntou Peter saindo da piscina passando a mão pelos cabelos molhados, uma cena linda de se admirar.
– está sim, estava arrumando minhas coisas, acabei me atrapalhando –mentir é quase tudo o que sei fazer de melhor.
– vamos tomar banho, vem Charlie, a água está ótima –falou AJ de dentro da piscina.
– tenho que preparar o almoço, divirtam-se, mais tarde eu entro.
– Tudo bem então –Peter assentiu sorrindo e foi de encontro ao AJ.
Entrei novamente na casa e fui em direção à cozinha. Uma hora foi o bastante para que conseguisse preparar uma refeição a altura do paladar de Apolo, já que ele cozinha tão bem eu me vejo no direito de me esforçar ao máximo para conseguir, talvez, me comparar a ele.
Servindo a mesa tinha uma lasanha ao molho branco, acompanhada de arroz branco e de sobremesa um delicioso pudim de leite, sempre adorei cozinhar, é algo que me relaxa.
Os garotos sorriram ao ver a refeição, ambos disseram que adoram lasanha e pudim, acertei em cheio na minha escolha.
Satisfeitos e felizes, tudo o que eu queria ver, decidimos então passar algumas horas na piscina, nos divertindo um pouco mais.
Subi até meu quarto e troquei de roupa, desci e encontrei os dois já dentro da piscina, brincando de guerra de água, típico de uma hora como essa.
Vi o olhar dos dois ao me verem tirar o vestido que cobria meu biquíni, me senti envergonhada por tamanha atenção que ambos me direcionaram, tratei de entrar logo na piscina antes que ficasse vermelha.
Uma tarde ensolarada, divertida, há quanto tempo não me divertia assim? Há muito tempo, na verdade, desde que conheci Argus eu nunca me diverti assim, esses dois rapazes estão me proporcionando uma alegria indescritível, talvez eu esteja realmente gostando de ficar aqui com eles, ou talvez seja apenas minha imaginação, pois já não posso gostar de nada a 240 anos.
Deitada na cadeira, aproveitando os últimos raios de sol, pensando em tudo o que aconteceu ultimamente, a frase de Argus me vem à cabeça toda hora, não entendi o porquê do “se apaixone” ou do “me mostre que seu coração não é de gelo”, ele sabe muito bem que não posso me apaixonar, sabe que não possuo esse sentimento há bastante tempo, então porque me propor uma tarefa impossível?
Talvez porque não seja impossível, se ele disse isso é porque posso sim me apaixonar, mas como? Por quem? Como vou saber quando acontecer? O único por quem me apaixonei perdidamente foi por ele, antes de saber o que ele era e no que ele me transformou.
Perguntas rodeavam minha cabeça, estava totalmente ausente desse mundo em que os garotos estavam se divertindo na piscina, provavelmente estavam imaginando que eu havia adormecido ali na cadeira.
Rapidamente me veio uma frase na cabeça, William Shakespeare, o inglês de palavreado único uma vez citou: “O amor não se vê com os olhos mas com o coração.”.
É isso que preciso fazer, enxergar com o coração, parar de procurar com os olhos aquele que só quem vê é meu coração, pelo o que Argus disse, eu possuo um coração e ele não é de gelo.
Minha mente voltou ao assunto Deuses, fiquei a imaginar o Apolo, o Deus da beleza, ele tivera vários filhos com várias ninfas diferentes, ele algum dia já soube o que era amor? Alguma vez ele já chegou a se perguntar se realmente amava alguém? Ou simplesmente usava as mulheres para satisfazer seu desejo?
Eros, considerado cupido, aquele que fazia as pessoas se apaixonarem com uma simples flechada, já acertou alguma dessas flechas em Apolo? Ou como revanche não deixou-o desfrutar do amor por que Apolo costumava se gabar que atirava flechas melhor que ele?
Perguntas absurdas me vinha a mente, que diferença faria se Apolo se apaixonou ou não? Que diferença faria saber se um “Deus” teria o privilégio de amar alguém se você mesma não tem? Ou será que tem?
A única coisa que realmente importa é que agora eu sei que tenho um coração e que posso me apaixonar e finalmente me ver livre dessa tortura que Argus chama de vida.
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Notas finais do capítulo

Bom, está ai, pequeno e chato, mais demorado pra fazer kkk comentem por favor, se ñ quiserem comentar aqui vão no Nyah da fic (http://fanfiction.com.br/historia/395383/My_Immortal) e comentem lá ok?
bjoss gente, obrigada por ler minha fic ♥